quinta-feira, 24 de setembro de 2020

PONTES ANTIGAS ALGARVE

Nota prévia - Os meus blogues não respeitam, propositadamente, o actual acordo ortográfico

Pontes antigas do Algarve


Tavira - Ponte antiga


Muitas são as teorias sobre a existência, ou não, de pontes romanas no Algarve.
As povoações, normalmente,  defendem a sua antiguidade e um dos modos é aproveitar a ponte, se se assemelhar ao modo de construção romano, para a identificar como romana 
Isso acontece no Reino do Algarve e não só.
Será mesmo assim?
A doutrina divide-se
Vejamos as povoações algarvias que reclamam a sua ponte como romana... 
Vamos percorrê-las  do Sotavento para o Barlavento

??? Pontes romanas algarve ???

Ponte da Aberta Nova (Ribeira do Beliche, actualmente submersa pela albufeira)
Almargem, Ribeira do Almargem, Conceição, Tavira, 
Tavira  Rio Séqua / Rio Gilão (1)
Ponte de Moncarapacho, Ribeira do Tronco
Ponte dos Caliços, Ribeira do Tronco, Moncarapacho, Olhão. 
Ponte de Quelfes, Olhão, Ribeira do Tronco (1)
Ponte de Tôr, Ribeira de Quarteira ou Algibre, Loulé
Ponte dos Álamos, Ribeira do Cadoiço, São Clemente, Loulé,  (1)
Ponte do Barão, Ribeira de Quarteira, Quarteira,  Loulé, 
Ponte de Paderne,Ribeira de Quarteira, Paderne, Albufeira. .
Ponte Vale da Vila, Silves Arroio do Rio Arade, próximo da Estação da CP
Ponte de Silves, Rio Arade
Ponte D. Maria II, Ribeira de Bensafrim, Lagos

 (1) Ambas consideradas das mais belas de Portugal


1 - Ponte da Aberta Nova -

Azinhal - sobre o antigo leito da Ribeira do Beliche - Castro Marim
Descrita por Silva Lopes em 1841. Desta ponte nada resta.
Desaparecida com a construção da barragem em 1986


2 - Ponte do Almargem -  


Sobre a Ribeira do Almargem - Freguesia da Conceição - Tavira

 Mais uma ponte de três arcos sustentados por talha-mares piramidais e tabuleiro em ângulo e que muitos classificam de romana 

Referenciada em  meados do séc. XV.

3 - Ponte de Tavira 


Sobre o Rio Gilão

Também conhecida por Ponte Antiga, é um dos pontos máximos da cidade de Tavira -verdadeiro ex-libris-  apesar de que, de romana, já  não tem nada.

A sua origem é muito polémica pois não existem dados concretos sobre a data. Crê-se que havia uma  ponte anterior,  romana,  no séc. III, que terá sido reconstruída ou construída uma outra no seu lugar no início do período medieval.
Esta ponte de sete arcos liga as duas margens do rio Gilão, tendo sofrido alterações no decorrer dos séculos, ficando com o aspecto actual a partir do séc. XVII.


A gravura seiscentista de Tavira 

mostra uma ponte substancialmente diferente da actual


" No século XVII O monumento encontrava-se parcialmente destruído pouco depois, provavelmente em consequência de mais alguma violenta cheia de tal forma que, de acordo com uma lápide que se encontra sobre o portal da fortaleza de Cabanas, o então Governador do Algarve e conde Val de Reis “mandou fazer”, a par daquela Fortaleza, a ponte de Tavira, em 1656"

Este "mandou fazer" deverá entender-se como "mandou refazer"

Na ponte actual é bem visível a parte que “mandou fazer” e que corresponde aos quatro arcos do lado poente com os respectivos talha-mares encimados por balcões tão ao gosto das obras do género dos séculos XVII e XVIII, como por exemplo acontece coma reconstrução da ponte velha de Silves nos inícios do século XVIII. Os restantes três arcos, dos sete que aponte tem, são inquestionavelmente mais antigos, mas, com toda a probabilidade, devem ser posteriores à tal ponte de meados do século XIII de que fala a Crónica da Conquista do Algarve. aos Mouros. pelo Mestre da Ordem de Santiago da Espada -Dom Paio Peres Correia- no reinado de D. Sancho II.



4 - Ponte de Quelfes

 


Sobre a Ribeira do Tronco  - Olhão - Freguesia de Quelfes

Também conhecida como Ponte Velha de Quelfes, é apontada como uma ponte do século I d.C. Ponte de um só arco, é uma estrutura relativamente modesta que permitia a passagem entre povoações rurais. Foi reconstruída várias vezes, tornando-se uma  importante estruturas viárias no território oriental algarvio.

Descrição Complementar

Marco comemorativo da Batalha contra os franceses, situado a NE. do acesso à ponte, contém a seguinte inscrição: "NO DIA 18 DE JUNHO DE 1808, NESTE LOCAL, TRAVOU-SE O COMBATE / ENTRE OS OLHANENSES E TROPAS FRANCESAS, AS QUAIS FORAM DERROTADAS / ATÉ AO SÍTIO DA MEIA-LÉGUA. / ESTE ACONTECIMENTO DEU-SE APÓS O LEVANTAMENTO PATRIÓTICO / DA POPULAÇÃO DE OLHÃO NO DIA 16 DE JUNHO / / ESTA LÁPIDE FOI AQUI MANDADA COLOCAR PELA CÂMARA MUNICIPAL / DE OLHÃO NO ANO DE 1989, PARA LEMBRAR E HOMENAGEAR O FEITO HERÓICO / DO POVO DESTE CONCELHO".

Protecção - Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 29/90, DR, 1.ª série, n.º 163 de 17 julho 1990


5 - Ponte dos Caliços



Localiza-se a cerca de 750 metros a noroeste da ponte de Moncarapacho, encontrando-se também sobre a ribeira do Tronco. Apresenta dois arcos, sendo o maior de volta perfeita, aparentemente mais recente, e o mais pequeno de meia - volta.

Sobre a Ribeira do Tronco  - Moncarapacho - Olhão

Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público

Decreto n.º 29/90, DR, I Série, n.º 163, de 17-07-1990 (ver Decreto)



6 - Ponte de Moncarapacho


Esta ponte situa-se em Moncarapacho, sobre a ribeira do Tronco.
Possui um único arco, de volta inteira, em alvenaria, sendo as lajes ligadas
por argamassa de cal e areia, à semelhança da ponte de Quelfes.
A data de construção é indeterminada mas provavelmente da época Moderna.

Sobre a Ribeira do Tronco  - Olhão - Moncarapacho
Fica a cerca de 750 m da Ponte dos Caliços
Sítio de interesse arqueológico




7 - Ponte dos Álamos



A ponte dos Álamos, sobre a ribeira do Algibre, em Loulé, é, muito provavelmente, da época medieval
Esta ponte ostenta dois arcos, sendo o mais pequeno, do lado poente, de volta perfeita, constituído por aduelas em tijoleiras unidas por argamassa. O arco principal, do lado nascente, é abatido.
A ponte tem um único talhamar triangular.
O tabuleiro é em cavalete .

Sobre a Ribeira do Cadoiço  - S. Clemente - Loulé
Ponte reabilitada em Fevereiro de 2011


8 - Ponte do Barão


Sobre a Ribeira de Quarteira -  - Loulé
Localizada próximo da villa romana da Retorta
Por esta ponte se fazia a ligação de Ossonoba (Faro) com o ocidente algarvio
Actualmente, está  muito descaracterizada pelas obras de beneficiação ao tráfego

Descrição

Situada nos limites dos concelhos de Loulé e de Albufeira, a ponte do Barão apresenta cinco arcos de volta inteira, sendo os das extremidades mais pequenos. Os arcos fecham com aduelas centrais ou pedras de fecho, cuja configuração é ligeiramente em cunha. Os pilares estão protegidos por talhamares de cada lado da ponte, tendo estes um formato prismal.

Os blocos dos arcos e dos talhamares têm as juntas argamassadas com cal e areia desde a base.

De salientar o aparecimento em alguns blocos de marcas de canteiro, sobretudo naqueles junto da base. As marcas visíveis são letras, ainda que apareçam símbolos tipicamente medievais. A estrutura da ponte é muito homogénea, desde a base até aos arcos, donde podemos concluir que poderá ter sido construída de uma só vez. Talvez a sua datação se possa atribuir à época medieval ou mesmo moderna.

Fonte de informação

Câmara Municipal de Loulé




9 - Ponte de Tôr



Ponte de Tôr sobre a Ribeira de Algibre

A Ponte de Tôr foi construída na via romana secundária que ligava Milreu, em Estoi (Faro) a Salir (Loulé). Está  localizada pouco a sul da Tôr Loulé, na  Ribeira de Algibre .
Ainda nesta via existia a Ponte dos Álamos perto de Loulé.
Arqueólogos discutem em torno da origem desta ponte já que, tal como é citado por Susana Carrusca em “Loulé, o Património Artístico”, segundo Jorge Alarcão, professor catedrático da Universidade de Coimbra e especialista da época romana, “embora tradicionalmente tida como obra da fase islâmica ou mesmo quinhentista, apresenta dois arcos de típica construção romana”

Classificada como MIM - Monumento de Interesse Municipal
Despacho de 31-03-2015 do Presidente da CM de Loulé a determinar a alteração da categoria de classificação para MIM


10 - Ponte de Paderne




Sobre a Ribeira de Quarteira


Ponte Paderne século XVIII reconstrução de 1771
Está protegida pela Zona Especial de Protecção do Castelo de Paderne publicada na Portaria n.º 978/99 de 14 de setembro
Ponte do Castelo - Trata-se de uma ponte de feição romana, situada no vale a sudoeste do Castelo sobre a Ribeira de Quarteira, reedificada em 1771 e onde são visíveis três arcos e dois talha-mares com a forma de prisma triangular.

11 - Ponte de Silves


Sobre a Ribeira do Arade - Silves

Ponte Romana de Silves, ou Ponte Velha, é talvez um dos Monumentos mais polémicos, pois há grandes divergências sobre a  verdadeira data de construção
Pela sua arquitectura, a ponte é Romana, construída no tempo em que os Romanos estiveram na Península Ibérica, o que é justificado pelos vestígios de uma via Romana, vindo do litoral para o interior.
Outros historiadores e arqueólogos defendem que a ponte é da época Medieval, datada dos tempos do domínio islâmico na Península Ibérica e atribuem a sua construção entre o século X e XIII.
A ponte de Silves foi  reconstruída no séc. XV.

Em vias de classificação
Com despacho de abertura
Anúncio n.º 71/2016, DR, 2.ª série, n.º 34, de 18-02-2016


12 - Ponte do Vale da Vila (Silves)


Sobre um arroio  junto à actual estação  de caminho de ferro  - Silves

Esta ponte localiza-se num descampado por onde passaria uma antiga via de Silves para Lagoa, num traçado paralelo à actual estrada, depois da estação de Silves no lugar de Poço Deão.
É constituída por dois arcos de volta perfeita com aduelas em grés vermelho de Silves,  O tabuleiro é em cavalete, tendo 2,65 metros de largura, e com calçada composta por pequenas pedras. A ponte, que transpõe uma pequena linha de água, encontra-se num elevado estado de destruição.


13 - Ponte de Lagos - D. Maria II

«Haverá, como costumo dizer, «duas pontes de épocas diferentes sobrepondo-se no espaço», sublinhou a presidente da Câmara de Lagos.




a ponte que atravessa a ribeira de Bensafrim, numa das saídas da cidade de Lagos

Sofreu grandes danos durante o Sismo de 1755, tendo sido reconstruída em 1783 pelo Capitão General Conde de Rezende. 
Nesta altura, foram adicionados dois patamares com bancos, e uma lápide comemorativa. A ponte foi novamente danificada durante uma cheia em Novembro de 1805, tendo sido destruídos três arcos. As obras de reparação duraram até 1807. A ponte foi renovada entre 1958 e 1960, tendo a placa comemorativa sido removida e guardada no Museu Dr. José Formosinho.
Em Fevereiro de 2012 foram-lhe diagnosticados graves problemas estruturais pelo que foi interdita ao trânsito rodoviário;  sofreu profundas obras de restauro concluídas em Agosto de 2015



Com efeito, é pouco provável que existam hoje pontes romanas conservadas no Algarve, o que se prende com uma série de razões.
Boa parte das pontes romanas foram sucessivamente remodeladas ou reconstruídas ao longo dos tempos, o que leva a que hoje em dia muitas delas não apresentem características que permitam atribuir-lhes uma origem romana. Além do mais, construíram-se pontes ao longo de todas as épocas e o facto de hoje se denominar como romana uma ponte, tal não pode ser tomado como um indicador da sua origem cronológica mas tão só um referente a um monumento do estilo romano



1 - Ribeira do Beliche - Azinhal, - Castro Marim
2 - Ribeira do Almargem - Tavira 
3 - Rio Gilão - Tavira
4 - Ribeira do Tronco - Olhão: Pontes de Quelfes, Caliços e Moncarapacho
5 - Ribeira do Cadoiço - Loulé - Ponte dos Álamos 
6 - Ribeira de Quarteira - Loulé - Ponte do Barão, Paderne (Albufeira),Tôr (Rib de Algibre) 
7 - Rio Arade - Silves - Ponte de Silves e Ponte Vale da Vida (arroio do Arade)
8 - Ribeira de Bensafrim - Ponte de Lagos / D. Maria II 



Lista Pontes antigas - Algarve

1 - Ponte da Aberta Nova - Azinhal  Ribeira do Beliche - Castro Marim

2 - Ponte do Almargem - Ribeira do Almargem - Tavira 

3 - Ponte de Tavira - Rio Gilão - Tavira

4 - Ponte de Quelfes - Ribeira do Tronco - Olhão

5 - Ponte dos Caliços  - Ribeira do Tronco - Olhão 

6 - Ponte de Moncarapacho - Ribeira do Tronco = Olhão

7 - Ponte dos Álamos - Ribeira  Ribeira (Fonte) do Cadoiço - Loulé Sul 

8 - Ponte do Barão - Ribeira de Quarteira - Loulé

9 - Ponte de Tôr - Ribeira de Quarteira / Algibre - Loulé

10 - Ponte de Paderne - Ribeira de Quarteira -  Albufeira

11 - Ponte de Silves - Rio Arade - Silves

12 - Ponte do Vale da Vila --- Arroio perto da estação CP - Silves

13 - Ponte de Lagos - D. Maria II - Ribeira de Bensafrim - Lagos


Efectivamente, confirma-se o facto de que durante o período medieval a construção de pontes e de calçadas sofreu um grande impulso.

Em muitas das vias secundárias os romanos construíam com alguma frequência pontes de madeira  e muitas vezes faziam as  travessias dos cursos de água  a vau ou em barca; refira-se  que, além destas pontes, havia outras que não eram integralmente em madeira, pois as fundações e os pilares poderiam ser em pedra, para além de pontes improvisadas em barcos sobre improvisar-se pontes sobre barcos unidos horizontalmente e ancorados, com um passadiço em cima, como é notícia a famosa ponte de Calígula, a lembrar a ponte medieval já referida que existiu a ligar as duas margens do Guadiana.

Saliente-se ainda que a grande via do litoral do Algarve, descrita até Ossonoba, quer no itinerário de Antonino Pio, quer na Cosmografia do anónimo de Ravena, não ultrapassava grandes obstáculos naturais, donde não haver necessidade de um número significativo de pontes.

As grandes vias de ligação do Algarve foram 

para Norte

- o Rio Guadiana até Mértola 

- Via marítima, Costa Sul e Ocidental

para Leste
Via marítima para o Mediterrâneo e Norte de África


Não resisto a deixar três das poucas pontes romanas que resistiram ao tempo. 

Com quase 2 mil anos a testemunhar a presença de romanos, visigodos, muçulmanos,  galegos e portugueses.... no  

Itinerário Antonino  XVII - BRACARA (Braga) a ASTURICA (Astorga) por AQUAE FLAVIAE (Chaves)

Pontes Romanas em Portugal

- Ponte de Trajano - Chaves - Rio Tâmega - 2 mil anos - 18 arcos , actualmente só se vèm 8 pilares assentes no leito do rio e 3 assentam em terra



Ponte Romana de Vila Formosa
Alter do Chão





Ponte romana de Vila Formosa - Alter do Chão - Portalegre lançada sobre a Ribeira de Seda e que ligava o eixo viário militar entre Lisboa e Mérida. 
A construção desta obra situa-se entre os séculos I e II d. C.  e é composta por seis arcos.
De facto, no período romano teria existido no mesmo lugar uma ponte, substituída pela actual.

Ponte Romana de Vizela





Ponte romana de Vizela reconstrução medieval da centúrio de 400
tem três arcos de volta inteira sobre o rio Vizela  e dois talha-mares (cortantes de água).  Tem mais um arco sobre a margem.

Caldas de Vizela sobre o Rio Vizela 
Via Braga - Amarante



domingo, 20 de setembro de 2020

LINHA FÉRREA DO ALGARVE

LAGOS - VILA REAL SANTO ANTÓNIO

Cronologia - Estações 
Faro - 1899
Vila Real de Santo António - 1906
Lagos - 1922







Introdução

A  linha férrea para o Algarve é de 1889. 

Fazia a ligação Barreiro - Faro por Beja (Linha do Sul).

Depois foi-se alargando para Barlavento a partir de Tunes em 1899 e para Sotavento a partir de Faro em 1904.

A linha do Algarve para Sotavento (Vila Real Santo António)  ficou concluída em 1906 e para Barlavento em 1922 (Lagos).


CAMINHO FERRO DO ALGARVE 


PONTES - PONTÕES - VIADUTOS -  PASSAGENS HIDRÁULICAS


Em 28 de Outubro de 1856, foi inaugurado o primeiro troço ferroviário em território português
1899 - Construída a Linha de Beja a Faro (Linha do Sul)
Distância Vila Real de Santo António - Lagos - 139,5 Km



Histórico da Linha do Algarve
Datas
1899- Construída a Linha de Beja a Faro
1903 - Tunes - Silves - Parchal/Ferragudo (Portimão)
1904 ~Faro - Olhão
1905 - Olhão - Tavira
1906 - Tavira - Vila Real de Santo António
1922 - Portimão - Lagos



Obras de Arte
A Linha do Algarve. nos seus quase 140 Km, tem de tudo no seu percurso: Pontes, pontões, viadutos, passagens hidráulicas, passagens superiores, passagens inferiores, passagens de nível com cancelas automatizadas e passagens de nível sem cancelas
Referimos aqui algumas das mais significativas
Ponte do Almargem
Ponte de Tavira Santa Maria  (Rio Séqua), 
Viaduto do Alto do Cano, Tavira
Viaduto das Pedras D'El-Rei
Viaduto de Olhão
Ponte de Portimão (Rio da Asseca)
Viaduto da Figueira, Mexilhoeira Grande 


Ponte sobre o Rio Séqua - Tavira
Pilares em alvenaria, tabuleiro de ferro
a mais alta da Linha do Algarve

Ponte de Santa Maria - Tavira


Viaduto do Cano - Tavira


Viaduto do Alto do Cano - Tavira


Ponte do Almargem - Tavira

Ponte sobre o Rio Arade - Portimão
A mais comprida da Linha do Algarve


Ponte sobre o Rio Arade - Portimão
Pilares em alvenaria, tabuleiro de ferro

Pontões e passagens hidráulicas no Barlavento
Estas estruturas mais frequentes na zona da Ria de Alvor
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Pontões e passagens hidráulicas no Sotavento, mais frequentes entre Faro e Tavira 
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Em 1980 a viagem entre Vila Real de Sto. António e Lagos fazia-se em 2h56 e era directa. 
Actualmente a ligação mais rápida demora 2h50 e obriga a um transbordo em Faro. !!! Em quarenta anos ganharam-se seis minutos !!!
Até 2000 havia também comboios directos - e relativamente rápidos para a época – entre Vila Real de Sto. António e Lagos. 
Depois a CP entendeu dividir a linha do Algarve em dois troços obrigando a transbordos na estação de Faro.
Faro -Vila Real de Santo António
Faro - Lagos
Pelo meio fica o troço  Faro - Tunes .... Gare do Oriente





Linha Faro - Lagos - 78 Km com 10 estações e 8 apeadeiros
Linha Faro - Vila Real Santo António - 61 Km com 5 estações e 7 apeadeiros
Para que conste a Linha entre Faro e Tunes já está electrificada para "alimentar" os comboios: Inter-Cidades e Alfa a caminho da Gare do Oriente pelo Ramal de Alcácer do Sal.



e agora vamos à procura dos caminhos terrestres algarvios
(não esquecer que noutros tempos as ligações marítimas e fluviais também eram muito importantes)




 Algarve - Rede Viária
Nascente / Poente e Sul / Norte
Século XIX - XX - XXI





Fontes Pereira de Melo


ESTRADA REAL Nº 78 do REINO do ALGARVE 

Construída para ligar Lagos a Vila Real de Santo António começou a construir-se em 1856, sendo Presidente do Conselho de Ministros, Fontes Pereira de Melo que a inaugurou em 1874 atravessando as principais povoações do litoral algarvio: Vila Real Santo António,  Tavira, Olhão, Faro (*), Lagoa, Portimão, Lagos e Sagres
Nota:
Duas foram as Estradas Reais do Algarve
1 - Estrada Real Nº 78 Castro Marim - Lagos no sentido longitudinal 
2 - Estrada Real N 2 Chaves - Faro (739,260 Km)  década de 80 do Séc, XIX (Troço Castro Verde-Faro)

(*) Em Faro, no dia da inauguração,, Fontes Pereira de Melo, foi muito mal recebido pelo presidente da Câmara que o não foi cumprimentar (eram adversários políticos),  mas recebido principescamente no Paço Episcopal onde recebeu os cumprimentos de todas as autoridades e com um magnifico serão oferecido pela Família Bivar.
Fontes Pereira de Melo aproveitou a sua presença em faro para visitar obras da construção da estação ferroviária da cidade.
O percurso desta via real, no percurso do Sotavento)   tinha como antepassado a via romana Baesuris-Ossonoba (Itinerário XXI de António - Troço Baesuris, Balsa, Ossonoba e precede a construção da actual EN 125,


Vias Romanas do Algarve

Na Idade Média em Portugal  as estradas eram poucas, de terra batida e estreitas
No século XIX as Estradas Reais ou caminhos Reais eram os principais caminhos construídos em Portugal, estradas macadamizadas (*)
Um dos exemplos mais significativos era e continua a ser a mítica Estrada Real 2 de Chaves a Faro rasgando o território nacional na  vertical

(*) Macadame (do inglês Macadam) é um tipo de pavimento para estradas desenvolvido pelo engenheiro escocês John Loudon McAdam, cerca 1820.
Consiste em assentar três camadas de pedras postas numa fundação com valas laterais para enxugo da água da chuva. As duas primeiras camadas, a uma profundidade de aproximadamente 20 cm, recebem brita de tamanho máximo 7,5 cm. A terceira camada é feita com 2 camadas de 5 cm, cheias de pedra de tamanho máximo de 2,5 cm. Cada camada é calçada com um rolo pesado (um cilindro), fazendo com que as pedras se acamem umas nas outras





Em 1945 passou para o actual designação - EN 125




Via do Infante






 VIA ALGARVIANA    Nota: Deliberadamente continuo s escrever segundo as normas do  ACORDO DE 1945 VIA ALGARVIANA A Rota Completa é um trilho...